Quem é o teu pai? O teu pai é um homem de 30 anos que te amam profundamente. Esta é a maior de todas as respostas. A que conta mais. A que será sempre verdade, mudando apenas os anos que o teu pai tiver. O Amor será sempre profundo, imenso, Todo.
Mas existem mais respostas, e há já uns meses, foi a conversar contigo (conversar aqui) que aclarei muitas coisas na minha vida. Faz-me bem falar contigo. Não há no mundo ninguém que me compreenda da forma como tu compreendes. É claro que não és adulto e, portanto, as minhas complicações de adulto, ainda que não te passem ao lado, não são por ti completamente compreendidas. Mas, repito, não há ninguém no mundo que me compreenda como tu.
O teu pai é um homem de 30 anos que tem uma forma peculiar de ver as coisas, de ver a vida. Boa ou má, madura ou imatura, estável ou instável, a realidade é que o teu pai não é uma pessoa comum, é uma pessoa que vê as coisas de uma forma diferente, que as interpreta de uma forma diferente, e que num certo sentido se sente perdido no mundo que o rodeia, precisamente porque aquilo que o mundo tem para lhe oferecer ele não quer, e aquilo que ele quer, o mundo não tem para lhe oferecer.
Não é fácil ser concreto em relação a isto, mas o que te posso dizer, é que existe entre o teu pai e o mundo um desfasamento que, com a idade, se vai tornando mais e mais acentuado. É claro que, da mesma forma que as focas aprendem a segurar bolas na ponta do nariz, o teu pai também deve ser capaz de cumprir os mínimos para poder ser visto como um membro válido desta imensa sociedade em que vivemos. Trabalho, essas coisas. Mas isso, Duarte, é a foca a segurar a bola. Porque se a foca não segurar a bola, não tem utilidade no grande circo do mundo. O teu pai, a mesma coisa. Por isso, seguro a bola, como uma foca, como um macaco amestrado. E faço-o enquanto sei que a vida é muito mais, infinitamente mais, e tudo o que fazemos de uma forma amestrada, apenas nos leva a perder tempo em relação ao que é verdadeiramente essencial.
Na vida, para o teu pai, só existe uma coisa verdadeiramente essencial: viver. Viver implica amar, estar apaixonado por mulheres e pela vida, implica ser ousado, corajoso, criativo, não acreditar nas fronteiras que toda a vida nos põem à frente, viver implica, como dizia hoje a uma amiga, fazer o que não se está preparado para fazer, errar, aprender, incorporar tudo no teu ser, porque o teu ser é IMENSO, e toda a tua vida tentam reduzir o teu ser a biologia e a uma alma, e reduzem essa alma a uma religião. O teu ser é total. A luz não vem de uma religião. Vem do Sol e da Lua e das Estrelas, e do Amor, e da Paixão, e dos Sorrisos, e dos Afectos. Esse é o campo do Ser. O campo por explorar é o do ser. Não é o que nos mostram. Não é que nos dizem “é assim”, e depois colocam pipocas e tv’s enormes à frente para que acredites que realmente deve ser, porque já é bom não se sentir mal.
Erro. Não é bom sentir-se mal. Mas o objectivo é sentir-se vivo. Infinitamente vivo. E isso implica milagres, momentos inesquecíveis, amanheceres mágicos, e implica momentos muito difíceis, de uma grande solidão.
O teu pai, é um homem de 30 anos que acredita nisto. E no meio de tudo, de todas as coisas, aquilo que te vou ensinar sempre, é a seres tu próprio. Seja qual for o preço. É a única forma de viver. É a única forma de compreender a morte. É a única forma de ser digno do milagre de existir. Não existe outra, meu anjo.
Amo-te profundamente.
Mas existem mais respostas, e há já uns meses, foi a conversar contigo (conversar aqui) que aclarei muitas coisas na minha vida. Faz-me bem falar contigo. Não há no mundo ninguém que me compreenda da forma como tu compreendes. É claro que não és adulto e, portanto, as minhas complicações de adulto, ainda que não te passem ao lado, não são por ti completamente compreendidas. Mas, repito, não há ninguém no mundo que me compreenda como tu.
O teu pai é um homem de 30 anos que tem uma forma peculiar de ver as coisas, de ver a vida. Boa ou má, madura ou imatura, estável ou instável, a realidade é que o teu pai não é uma pessoa comum, é uma pessoa que vê as coisas de uma forma diferente, que as interpreta de uma forma diferente, e que num certo sentido se sente perdido no mundo que o rodeia, precisamente porque aquilo que o mundo tem para lhe oferecer ele não quer, e aquilo que ele quer, o mundo não tem para lhe oferecer.
Não é fácil ser concreto em relação a isto, mas o que te posso dizer, é que existe entre o teu pai e o mundo um desfasamento que, com a idade, se vai tornando mais e mais acentuado. É claro que, da mesma forma que as focas aprendem a segurar bolas na ponta do nariz, o teu pai também deve ser capaz de cumprir os mínimos para poder ser visto como um membro válido desta imensa sociedade em que vivemos. Trabalho, essas coisas. Mas isso, Duarte, é a foca a segurar a bola. Porque se a foca não segurar a bola, não tem utilidade no grande circo do mundo. O teu pai, a mesma coisa. Por isso, seguro a bola, como uma foca, como um macaco amestrado. E faço-o enquanto sei que a vida é muito mais, infinitamente mais, e tudo o que fazemos de uma forma amestrada, apenas nos leva a perder tempo em relação ao que é verdadeiramente essencial.
Na vida, para o teu pai, só existe uma coisa verdadeiramente essencial: viver. Viver implica amar, estar apaixonado por mulheres e pela vida, implica ser ousado, corajoso, criativo, não acreditar nas fronteiras que toda a vida nos põem à frente, viver implica, como dizia hoje a uma amiga, fazer o que não se está preparado para fazer, errar, aprender, incorporar tudo no teu ser, porque o teu ser é IMENSO, e toda a tua vida tentam reduzir o teu ser a biologia e a uma alma, e reduzem essa alma a uma religião. O teu ser é total. A luz não vem de uma religião. Vem do Sol e da Lua e das Estrelas, e do Amor, e da Paixão, e dos Sorrisos, e dos Afectos. Esse é o campo do Ser. O campo por explorar é o do ser. Não é o que nos mostram. Não é que nos dizem “é assim”, e depois colocam pipocas e tv’s enormes à frente para que acredites que realmente deve ser, porque já é bom não se sentir mal.
Erro. Não é bom sentir-se mal. Mas o objectivo é sentir-se vivo. Infinitamente vivo. E isso implica milagres, momentos inesquecíveis, amanheceres mágicos, e implica momentos muito difíceis, de uma grande solidão.
O teu pai, é um homem de 30 anos que acredita nisto. E no meio de tudo, de todas as coisas, aquilo que te vou ensinar sempre, é a seres tu próprio. Seja qual for o preço. É a única forma de viver. É a única forma de compreender a morte. É a única forma de ser digno do milagre de existir. Não existe outra, meu anjo.
Amo-te profundamente.