"A carta da paixão" e a bola...
Bem, é verdade, estive a ler poesia ao meu filho. Curioso, li-lhe a "Carta da Paixão", de Herberto Helder, e ele, apesar de não ter entendido nada, ficou completamente atento, provavelmente pela cadência das palavras. No fim, perguntei-lhe se ele tinha gostado, e ele respondeu que sim. Então expliquei-lhe que não tinha sido o pai que tinha escrito aquilo. Tinha sido um senhor chamado Herberto Helder. "Ai sim? É teu amigo?" claroq ue não conheço o senhor mas, em certo sentido é alguém que me é próximo. Portanto respondi-lhe que sim, que era meu amigo. "Ah... Pai, quando falares com o Herberto Helder podes dizer-lhe uma coisa?"... "Posso... O quê, filho?"... "Dizes-lhe para ele me dar um brinquedo? Ele tem brinquedos não tem? Pode ser uma bola..." Existem coisas que poesia alguma pode alcançar...
Bem, é verdade, estive a ler poesia ao meu filho. Curioso, li-lhe a "Carta da Paixão", de Herberto Helder, e ele, apesar de não ter entendido nada, ficou completamente atento, provavelmente pela cadência das palavras. No fim, perguntei-lhe se ele tinha gostado, e ele respondeu que sim. Então expliquei-lhe que não tinha sido o pai que tinha escrito aquilo. Tinha sido um senhor chamado Herberto Helder. "Ai sim? É teu amigo?" claroq ue não conheço o senhor mas, em certo sentido é alguém que me é próximo. Portanto respondi-lhe que sim, que era meu amigo. "Ah... Pai, quando falares com o Herberto Helder podes dizer-lhe uma coisa?"... "Posso... O quê, filho?"... "Dizes-lhe para ele me dar um brinquedo? Ele tem brinquedos não tem? Pode ser uma bola..." Existem coisas que poesia alguma pode alcançar...