quarta-feira, setembro 28, 2005

Não te sei explicar... A felicidade que sinto em ti quando estás comigo... Às vezes, sinto-te nervoso quando te vou buscar. Estás agitado, eu conheço-te muito bem. Vi-te nascer, estive perto de ti todos os dias dos teus mais de cinco anos de vida. Sei o que quer dizer cada expressão do teu olhar e entendo, plenamente, quando algo te agita, algo te perturba, e tu procuras esconder, de todo o mundo.. Eu também sou assim. Eu também fui assim quando era pequeno, quando tinha a tua idade. Também procurava esconder a minha agitação, o que me perturbava. E nem sempre dizia o que era... Se calhar, às vezes nem eu próprio compreendia bem, como ainda hoje, aos 30 anos de idade, por vezes me acontece.
Penso que contigo sucede o mesmo... Penso que existe uma agitação qualquer que não consegues explicar. Que me angustia, porque te amo mais do que a qualquer outra coisa, e portanto quero compreender tudo, quero proteger-te de tudo, quero que esteja sempre tudo bem dentro de ti... Mas às vezes, não é explicando. É estando. E sinto-o quando estás comigo... Quando chegas agitado mas, lentamente, vais serenando. Quando começas a falar mais, a querer que eu participe em cada uma das tuas brincadeiras e em cada um dos teus pensamentos. Pensas tanto, filho. E eu tento estar sempre, a pensar contigo, e tu pensas tanto, sempre, a cada segundo
Noutro dia estavas a jantar e disseste que tinhas muita fome. Fome mil, disseste tu. Mas depois, concluíste que tinhas comida três milhões. Ou seja, estavas quase cheio. Mais uma ou duas colheres porque já vai no novecentos e pronto, fome mil saciada. Agora já estás cheio... Brilhante,,,

E depois sentes que eu estou contigo. Que quero que o sintas. E lentamente serenas. E lentamente a agitação esvai-se e eu sinto, com clareza, o quanto me amas, o quanto eu te amo, o quanto somos felizes um com o outro...

Somos muito parecidos, filho... Isso tem coisas boas e más... Mas eu prometo-te que, por tudo o que já sei, vou procurar dar o meu melhor para que vivas as boas e superes, todos os dias, as más...

Amo-te.

domingo, setembro 25, 2005

Sunday!!!
Vamos! Papagaios de papel! Até eu sempre quis fazer isto desde criança! Palpita-me que vamos ser dois miúdos a brincar hoje!
Acho que sim, Du... Acho que hoje fiz uma coisa mesmo boa por ti, meu filho... Amo-te.

domingo, setembro 18, 2005

Tenho escrito pouco aqui, filho.
Porque isto, porque aquilo, porque masi não sei o quê, e porque a outra coisa também. Existem sempre coisas. E nenhuma é tão importante como tu.
Portanto, deveria escrever mais, deveria escrever mais todas as coisas ismples, as que fazes, as que sentes, as que sinto. Como amar-te. Cada dia mais. E cada dia perceber com mais nitidez que és a coisa mais importante da minha vida. Reconcilias-me com o mundo. E, por vezes, de tão fora do mundo que sou, tenho a perfeita sensação que me reconcilias comigo. Por seres. Por seres como és.
Pelo amor incondicional que me dás. Em brilho no teu olhar.
a tua fragilidade,que tãobem escondes, mas que a mim revelas, mostras como és, o que sentes. o que temes.
O teu carinho, a tua sensibilidade. O teu mundo próprio, que às vezes receio. Porquenãos ei sempre o que pensas e sentes. E tenho medo de falhar. Mas amo-te. E creio que, por isso mesmo, não falharei.
Dormes. E eu gostava de ser um sonho teu.